SANTO AGOSTINHO E O BATISMO
Segundo a doutrina cristã, o sacramento do batismo significa o renascimento espiritual, absolvendo todas as culpas e os pecados – incluindo o pecado original – daquele que é batizado. Nos primórdios do cristianismo era comum que o batismo fosse realizado no final da vida, e não nos primeiros meses, como nos dias de hoje. Assim, todos os pecados cometidos durante a vida seriam purificados. Um dos maiores filósofos da cristandade, Agostinho de Hipona, ou Santo Agostinho, só recebeu o batismo aos 33 anos. Antes disso havia sido casado, tivera um filho, havia ensinado Retórica em Roma e Milão e sido adepto do maniqueísmo. Após a conversão, entretanto, adotou o celibato, tornou-se padre e, no ano de 396, bispo auxiliar de Hipona, assumindo o episcopado após a morte do titular. Escreveu 93 obras filosóficas, nas quais incorpora a filosofia platônica ao pensamento cristão.
A influência de seus escritos transcende a Igreja Católica (onde é reconhecido como “doutor da Igreja”) e chega a filósofos contemporâneos, como Schopenhauer, Nietzsche e Hannah Arendt.
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